- Área: 6900 m²
- Ano: 2014
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Fotografias:Tamás Bujnovszky
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Fabricantes: Lamp Lighting
Descrição enviada pela equipe de projeto. A linha M4 do metrô de Budapeste é o maior projeto de infraestrutura da cidade nas últimas décadas. Tendo em mente que a qualidade das áreas de transportes públicos são uma parte essencial do ambiente da vida urbana, o cliente escolheu os arquitetos e coletou ideias para o projeto através de um concurso nacional em 2004.
O vencedor, PALATIUM Studio, criou uma rede de pequenas firmas para cooperar com as grandes empresas de engenharia. Nessa rede, nosso estúdio teve um papel fundamental na definição das tarefas de arquitetura e conhecimentos projetuais. No entanto, os arquitetos trabalharam juntos numa linguagem arquitetônica comum. Assim, gestos semelhantes de manejo dos espaços, funções e materiais comunicam o mundo das estações, e ao mesmo tempo, cada uma tornou-se única, com base nas intenções artísticas dos arquitetos.
A linha e suas dez estações podem ser considerados como um "edifício com dez alas", em que cada uma possui sua própria atmosfera, enquanto claramente pertencem ao todo.
A Kálvin tér é uma das maiores estações, devido à sua posição como estação de baldeação com a linha M3, sob uma movimentada praça do centro da cidade. Os requisitos funcionais da estação resultaram num arranjo espacial bastante complexo. Desde o início, a decisão era utilizar a tecnologias de construção com o método de trincheiras (cut-and-cover) de criar a estrutura da estação. A ideia básica arquitetônica era usar as vantagens desse sistema e criar grandes espaços abertos sobre as plataformas.
No nosso caso, as principais atrações espaciais são os elementos estruturais com as suas características formas curvas. Os passageiros que se aproximam podem sentir o drama do movimento no espaço, já que as escadas rolantes são inseridas livremente no vazio da enorme caixa de concreto aberta. Chegar pelos elevadores através das camadas de espaço guarda uma surpresa semelhante. A rugosidade das superfícies dos grandes elementos estruturais e as paredes perimetrais são equilibradas pelos finos acabamentos de elementos mais próximos dos passageiros. O túnel de interligação entre as duas linhas de metrô conta com um esquema de cores vivas, que cria uma conexão entre duas épocas de infraestruturas urbanas.
A decoração da estação é muito mais modesta: a ideia era dar prioridade aos elementos arquitetônicos puros e os sistemas de sinalização e orientação espacial. Os pixels de um mosaico somam-se para criar uma composição gráfica, ecoando as notas e as palavras de um salmo da Igreja Protestante na praça acima. A luz, como um dispositivo funcional e decorativo, desempenha um papel importante aqui, assim como nas outras estações. A estrutura espacial é redefinida por luzes diretas e reflexivas, enfatizando a plataforma e certas áreas e obscurecendo outras.